domingo, 17 de abril de 2011

MUNDO AMBIENTAL NET

AGRADEÇO AO ARIOSVALDO PELO MEU SITE MUNDO AMBIENTAL NET, QUE ESTARÁ ACOPLADO AO ITAPORANGA NET. OBRIGADO AMIGÃO

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A BARAUNA DE ITAPORANGA


Hoje fazem sete anos que minha querida mãe foi morar com o Divino Pai Eterno, Dona Dazinha foi uma mulher digna de admiração e para homenageá-la eu escrevi:

Baraúna ou Braúna ou Braúna do Sertão é dessa forma que é conhecida popularmente a Schinopsis Brasiliensis da Família Anarcardiáceae e que lá para o lado do Pantanal Matogrossense é conhecida popularmente como quebracho que deriva do espanhol das palavras “quebra acha” que traduzido para o português tem-se quebra machado em alusão à dureza de sua madeira que é capaz de quebrar um machado. Em vida Dona Dazinha foi assim, enfrentou as intempéries da natureza, suportou os vendavais da vida e ficou sempre de pé com o porte de uma Baraúna. Quando a vida lhe castigou rudemente tirando o seu Esposo, Totinha e lhe deixando sete filhos, igual à árvore em tempo de seca, ela floresceu, usou todo o seu sistema de reserva para que seus frutos não murchassem, porque como a Braúna que é rica em cálcio e utiliza-se desse artifício nesses períodos, Dona Dazinha sempre foi rica em determinação e não permitiu que nada lhe derrubasse. A Baraúna tem um porte meio grande, chegando a atingir cerca de 22 metros de altura, a Baraúna de Itaporanga tinha apenas 1,49 metros, mas nenhum machado por mais afiado que fosse conseguia derrubar esta Heroína que como mulher soube fazer o papel de uma verdadeira mãe e de pai na hora precisa, porém nunca permitiu que um de seus filhos desabonasse a conduta irrefutável e o exemplo deixado por Antonio Soares da Fonseca. A Baraúna é uma árvore decídua, ou seja, tem longa vida. Igual a Baraúna, Dona Dazinha nos deixa aos 94 anos e sua copa arredondada permanecerá fazendo sombra porque os seus filhos Francisco Fonseca, José Nemy Fonseca, Edmilson Fonseca, Tereza Neumann Fonseca, Jesus Soares Fonseca, Antonio Soares da Fonseca Jr e João Dehon Fonseca, seguirão seu exemplo e dignificarão o seu nome aqui no solo humano, porque com certeza lá no solo celeste, Antonio Soares da Fonseca, Edson e Tonito estão de braços abertos para receber esta Baraúna que Deus acaba de transplantar para floresta dos justos. Até breve minha querida mãezinha! Ficarei aqui ao lado de minha segunda mãe Tereza Neumann e de todos outros meus irmãos e juntos seremos a fronde da Baraúna que você foi.

sábado, 9 de abril de 2011

O FEIRANTE PEDRO MOCO







No mercado de Itaporanga, Construído por Pitanga, Tinha uma boa feira. Durante a semana inteira Tudo ali se negociava, Mas, no sábado estourava, E ninguém vendia pouco, Segundo nosso Pedro Moco Bom vendedor arrebentava. Vendedor de picolé, Devoto com muita fé, Da virgem da Conceição, Viajava pelo sertão, Com um isopor de lado, Em qualquer carro apertado, Ia para toda feira, De sábado a Sexta-Feira, Seu negócio era o apurado. Dividia com Firmino, Que não era nenhum menino, De besta só tinha o queixo, E pra não sair do eixo, Dessa história presente, Pedro era eficiente, Chegava sempre primeiro Quando o caso era dinheiro, Nunca ficava pendente. Maria era a sua esposa,, Valente que nem raposa, E Pedro não tinha amante, Fez feira em Diamante, Em Boaventura também, Conhecia muito bem, Toda aquela região, Fez feira em Conceição, Em Ibiara mais de cem. Em todo canto vendia, Grande era a freguesia, Uma clientela esperta, Pedro sempre foi poeta, Vendia e fazia verso, Seu estoque era diverso, Estava sempre animado, E dentro de um mercado Não tinha tempo adverso. Olhe aí o picolé de goiaba Tem de manga e de mangaba, Não fique parado aí, Tem de maracujá e de abacaxi Chupe um e se deleite, Tem picolé até de azeite Foi feito com o coração, Ajudem o meu patrão, Seu nome é Firmino Leite Pedro nunca estava só, Andou o Vale do Piancó, Em toda canto armava a banca, Fez feira em Pedra Branca, Em Curral Velho e Boqueirão, No Aguiar foi com o irmão, O Motorista João Moco, Que nunca correu pouco, Andando pelo Sertão. No mercado de Coremas, Na feira livre de Emas, Pedro Moco fez história, E vai ficar na memória, O jeitão como ele é, Em vendas, ele dava olé, Numa feira uns quinhentos, Noutra subia de seiscentos, Era o rei do picolé. Mas todo bom caçador, Do mesmo jeito vendedor, Tem o seu dia caça, E eu não vou fazer graça, Pois Pedro é um cara bacana, E foi em São José de Caiana, Que nosso amigo se deu mal, Foi uma coisa desigual, Com picolé de Caldo de cana. A feira era no dia de Domingo, Na cidade ia ter um bingo, Pedro pensou: vou bombar, Não quis em nada pensar, Mas ele ia ter um tédio, No mercado dentro do prédio, A propaganda começou, Mas logo se decepcionou, Num vendeu nem pra remédio. Quando terminou o dia, Com raiva, ira e agonia, No carro de Nonato entrou, E esse lhe perguntou, Você que é um homem de fé, Isso eu sei que você é Responda em um segundo, Vendeu mais que todo mundo, Num restou um picolé. Pedro Moco meio irado, Por estar sendo gozado, Não contou nem até três, E nem pensou duas vez, Para explicar uma feira ruim, Do começo até o fim, Ele olhou para Notado, E para explicar o fato, Ele explicou bem assim: “Paralisia e boca torta Vizinho ruim em sua porta, Dor de dente a noite inteira Coice nos ovos e cegueira, Morar na boca de um vulcão, Fazer sociedade com o cão,, Um caroço no meio da bunda, Doença venérea imunda, Uma virada de caminhão,” “Uma dor no Coração, Uma lesão no pulmão, Depois morar com Caim, Dar o cu ao um guaxinim, Em qualquer partido de cana, Brigar com uma suçuarana, Morrer de uma caguaneira, É melhor do que dar uma feira, Em São José de Caiana.”

quarta-feira, 6 de abril de 2011

NOVO CÓDIGO FLORESTAL


Cerca de 50 produtores saíram de Três Lagoas na segunda-feira (4) e foram até Brasília para ontem (5) discutir os novos rumos do Código Florestal Brasileiro. Os ruralistas de todo o Brasil apóiam o relator do novo Código Aldo Rebelo (PC do B). Por isso, produtores de todo país realizaram uma manifestação para pressionar o Congresso a votar o novo Código Florestal. De acordo com Domingos Martins de Souza, presidente do SRTL (Sindicato Rural de Três Lagoas) os produtores do município apóiam a Confederação Nacional de Agricultura e afirma que a visão do deputado Aldo Rebelo é a mais acertada. Cerca de 17 ônibus e mais de 800 produtores de todo o Estado do MS participaram da manifestação. Como o decreto estipula a data de 11 de junho de 2011 para a adesão ao programa, surgiu a necessidade de agilizar o debate em torno da reforma do código. Então a Câmara criou a Comissão Especial do Código Florestal. Na contramão, o próprio não concorda com alguns pontos e não afasta a possibilidade de encaminhar uma proposta alternativa. Diante da mobilização dos ruralistas, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu na terça-feira (5) com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para pedir mais tempo para debater .

Polarização sobre nova lei ambiental atingiu ponto insustentável; país precisa tanto do superavit do setor agrícola quanto das matas A demonstração de força oferecida ontem pelos produtores rurais, com milhares de manifestantes perante o Congresso Nacional, indica que será difícil prosseguir adiando a votação, no plenário da Câmara dos Deputados, do novo Código Florestal proposto pelo relator Aldo Rebelo (PC do B-SP).Marco Maia (PT-RS), ainda candidato à presidência da Casa, havia assumido o compromisso de levar o substitutivo a voto no começo da legislatura. Tentou contemporizar com uma comissão de negociação, que, no entanto, se mostrou inoperante. O momento de definição se aproxima.Não seria bom para o país ver aprovada a proposta de Rebelo como está. Ela atende aos pleitos da agropecuária, mas enfrenta muitas restrições dentro e fora do Congresso -a começar pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).Discute-se muito, com exageros de ambos os extremos (ambientalistas e ruralistas), quais seriam os efeitos da aplicação do texto. De um lado, alega-se que ocorreria uma explosão de desmatamento. De outro, que a descriminalização do agronegócio evitaria o colapso da produção de alimentos.Os dois cenários são improváveis. Porém, é certo que o substitutivo comporta algum incentivo ao desmate. Diminui de 30 m para 15 m, por exemplo, a faixa obrigatória de preservação em rios e córregos. Além disso, ao congelar autuações contra derrubadas irregulares até 2008, o novo código premiaria desmatamentos ilegais, já na vigência de novas regras.A polarização do debate é perniciosa. O Brasil precisa, e muito, do superavit no comércio exterior gerado pelo agronegócio (saldo de US$ 63 bilhões em 2010). Por outro lado, as commodities agrícolas brasileiras vão perder participação no mercado internacional, cada vez mais exigente, se o país não mantiver controle sobre o desmatamento da Amazônia.Há espaço para a formulação de um compromisso. De um lado como de outro desenvolve-se uma atitude mais pragmática, que reconhece o imperativo de atualizar o código sem escancarar a porteira para a devastação.Algumas concessões terão de ser feitas aos produtores, como a regularização de áreas agrícolas tradicionais em encostas, topos de morro e várzeas, frequentes na cafeicultura e na rizicultura. Também seria razoável incluir as áreas de preservação permanente no cálculo da reserva legal que toda propriedade tem de manter (20% a 80% da área, segundo a região).O governo promete há meses um projeto intermediário, mas nunca o apresenta. Chegou a hora de MMA e Presidência porem um ponto final na omissão que está envenenando o campo no Brasil.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Governador Ricardo Coutinho(PB) vai a Brasília pedir inclusão no PAC II dos portos


Ter, 05 de Abril de 2011 07:23

O governador Ricardo Coutinho cumpre agenda hoje, terça-feira (5) no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na secretaria dos Portos da Presidência da República, no Ministério da Pesca e Aquicultura e no Ministério da Integração Nacional, em Brasília. O objetivo é encaminhar e solicitar a inclusão no PAC II dos projetos de ampliação e modernização do Porto de Cabedelo e a liberação de recursos e de projetos nas áreas de recursos hídricos e desenvolvimento econômico.A primeira audiência do governador Ricardo Coutinho, que estará acompanhado do presidente da companhia Docas, Wilbur Jácome, será com o secretário de Portos da Presidência da República, José Leônidas de Menezes. Durante a reunião, agendada para às 9h, o governador vai apresentar o projeto de engenharia e os estudos de viabilidade técnica e econômica das obras de construção do Terminal de Múltiplos Usos e o Cais Envolvente (reforço do Cais) no Porto de Cabedelo e solicitar a inclusão no PAC II dos Portos.O presidente da Docas, Wilbur Jácome, ressaltou que o projeto vai possibilitar a criação de novos berços de atracação e do terminal de passageiros, visando a implementação de uma nova logística e o incremento do turismo no Estado. Ele explicou que o porto atualmente não tem capacidade para armazenar contêineres e com o projeto terá como movimentar cerca de 50 mil em um ano.No período da tarde, o governador terá mais duas audiências. Às 14h, ao lado do presidente da companhia Docas, Wilbur Jácome, se reúne com a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, e às 16h30, com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Mirian Belchior. Com a ministra do Planejamento, Ricardo tratará dos projetos de ampliação e modernização do Porto de Cabedelo protocolados na Secretaria dos Portos. Na audiência, Ricardo Coutinho também irá renovar o pedido para a liberação de R$ 217 milhões para projetos de esgotamento sanitário e abastecimento dos municípios que vão receber as águas do Rio São Francisco na Paraíba, além de tratar outros projetos de interesse da Paraíba. Ainda participam da audiência os secretários de Planejamento e Gestão do Estado, Gustavo Nogueira, e de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia, João Azevedo.O governador Ricardo Coutinho ressaltou o interesse do Estado em executar os projetos de ampliação e modernização em parceria com o Governo Federal para a consolidação do Porto de Cabedelo, que possui uma posição estratégica por ser o equipamento portuário brasileiro mais próximo da Ásia, África e Europa e estar situado no centro da região Nordeste.

INSPEÇÃO TÉCNICA


João Dehon


Outro dia fui, designado a participar de uma Equipe de fiscalização ambientalista e partimos para fiscalizar o Litoral, quando de repente, ao passarmos pela Br 230 nos deparamos com um dos maiores crimes de agressão à natureza que já assisti e todo este absurdo, bem ali na Praia de Intermares, bem ali na cara da APAN, bem ali na cara da Promotoria de Justiça de Cabedelo, bem ali na cara do IBAMA e porque não dizer na cara de todo mundo, inclusive da nossa da SUDEMA. Quando entramos no loteamento Boa Vista, tive vontade de chorar, me emocionei com um pássaro Anum Branco que voava em nossa direção como que pedindo socorro, pois seu ninho acabara de ser aterrado pelas máquinas que praticavam o crime. Como sabemos, os nossos manguezais que estão distribuídos ao longo de quase todo litoral brasileiro, são protegidos por Lei e a nossa constituição é bem clara quando diz que esses ecossistemas são intocáveis. O Artigo 63 da Lei Federal 9.605/98 é claro quando declara que alterar o valor paisagístico de qualquer área protegida por Lei é crime e merece multa. Vi o anum chorando a perda do seu ninho, mas também assisti jaçanãs em revoada fazendo giro sobre a máquina como que protestando, enquanto um sagüi aos pulos e assobios forte pedia aos homens que fossem menos cruéis com o seu habitat natural. Famílias inteiras eram arrancadas e misturadas ao aterro para depois serem sepultadas com movimentos bruscos daqueles gigantes de ferro chamados de tratores que frente àquelas minúsculas Rubiáceas e Solanáceas mostravam a incompetência dos homens diante da natureza. Vi com os olhos que a terra a de comer, um Cajueiro nativo, com mais de 80 anos de idade, cortado com serra elétrica para preservar a vida útil do trator, esquecendo-se da verdadeira utilidade daquele ser Vivo para aquele ecossistema, porque aquela árvore é suporte para a nidificação pelos menos quatro vezes por ano. Vi em pouquíssimas Sucupiras Pretas que restaram, sabiás, rouxinóis e bem-te-vis chorando em sinfonia a perda daquele cenário majestoso que Deus reservou para eles e agora o capitalismo selvagem degradava sem dó, desrespeitando o código florestal e o pior, desrespeitando a vida. Do Oiapoque ao Chuí, o Litoral Brasileiro tem aproximadamente 7.408 Km e nessa faixa uma variação considerável de ecossistemas variando entre os campos de dunas, ilhas, recifes costões rochosos, baías, estuários, brejos, falésias e baixios. Muitos deles, como praias, restingas, lagunas, maceiós e manguezais, embora tenham ocorrência constante, apresentam tal variedade biótica que a aparente homogeneidade em suas fáceis ecológicas apenas oculta especificidades florísticas e faunísticas vinculadas às gêneses diferenciadas dos ambientes em tão longo trecho litorânea. A riqueza biológica dessa faixa é algo impressionante e não pode e nem deve ser confundido com a riqueza material que o capitalismo cruel insiste em implantar no meio da humanidade, construindo uma outra natureza de cal e pedra. Assisti um caranguejo “chié” entrelaçado com um “siri” até parecia que estavam dando um abraço de despedida, enquanto um besouro mangangá fazia vôos rasantes clamando para que aquela maquina parasse com aquela violência e ele pudesse continuar fazendo a polinização pela qual a mãe natureza lhe encarregou. Vi nativos inocentes, com suas caiçaras derrubadas depois de passarem uma vida inteira usufruindo da pesca que o mar lhes oferece. No lugar das caiçaras, com certeza serão construídas suntuosas mansões que abrigarão pessoas outras que nem se quer conhecem aquele ambiente e nunca derramaram seu suor pela terra. A Constituição Brasileira, permite que nativos construam caiçaras para servirem de apoio as suas atividades e são esses nativos que procuram preservar os manguezais porque dali eles tiram o sustento de suas vidas. A Constituição Brasileira diz que os mangues são intocáveis para que as futuras gerações possam saber que é um dos ecossistemas mais ricos do mundo e grande responsável em matar a fome de grande parte da humanidade. O trator não queria saber qual o artigo da Constituição estava ferindo e continuava seu terror e a garça com suas pernas meio longas corria com medo de ser esmagada, enquanto a cobrinha de cipó corria em direção ao resto de vegetação, querendo se misturar a ela como se aquilo lhe fosse uma defesa. Autoridades dos dias meus, gente do nosso tempo, será que a máquina vai continuar destruindo tudo, simplesmente para levar dinheiro para a conta de mais um rico? Será que essa gente não tem filho e não reserva para eles dias melhores? Ou será que a interpretação de dias melhores é apenas o vil metal. A questão Ambiental na Paraíba passa pela conscientização de cada um paraibano, assim como a coisa é feita no resto do mundo. Porém, não é isto que estamos vendo, o que se vê realmente é que nos últimos vinte anos os principais ecossistemas naturais da Paraíba têm enfrentado a guerra da devastação, porque as autoridades preferem proteger os seus apaniguados, a conversar a mãe natureza. Recursos naturais como manguezais, flora e fauna tem sido o principal alvo do capitalismo e dos afilhados dos políticos que teimam aqui no Nordeste em serem chefes do povo, quando na realidade o povo é quem é o seu chefe. Esses impactos que acontecem todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos e a todos os momentos, comprometem a sustentabilidade das atividades sócio-econômicas do Estado. As Leis, os Decretos, as Resoluções e as Normas Ambientais estão aí, mas ELES não estão nem aí para tudo isto, pois têm costas quentes e a natureza que se dane. E a máquina barulhenta e rude rodava levando a flor. Adeus lindo manguezal, adeus refluxo do mar, adeus passarinhada gritava a flor a chorar. Adeus lindo por do sol, adeus maré e quebra mar, adeus cajueiro velho, adeus caranguejo Uçá e a máquina barulhenta e rude, faz ouvido de mercador e o seu material rodante, rolava levando flor e ela tonta, tonta com o terror, misturava-se com a terra envolvida só em dor. E agora!.... João Pessoa, 16 de Dezembro de 2003.

FLOR DO LIXO


FLOR DO LIXO.


João Dehon Fonseca


Linda! com a cara grudada,

Jovem, com apenas treze anos,

Fugindo da vida, ocultando seus planos

Vi catando lixo, bem maltratada,

Somando desgostos e colhendo danos

Talvez até, revoltada com o mundo,

Mas dentro da alma, bem no fundo,

Parecia alegre diante da vida,

Pois alimentava sua família sofrida;

Colhendo o pão do lixo imundo.


Olhei seu semblante e fiquei orgulhoso,

A jovem menina não chorava, ela ria,

Aquele suor do pão de cada dia,

Descia na face daquele rosto oleoso,

E ela vibrava, enquanto o saco enchia.

A cada caminhão, seu olhar mais fixo,

Misturando-se, com gente e com bicho,

Perguntei-lhe se gostava daquela vida.

Para mim não tem outra saída,

Respondeu-me bem sincera a Flor do Lixo.


Flor do Lixo, teu nome é Rosa,

Poderia ser Tulipa ou até Açucena,

Você foi batizada como Rosa Verbena,

Uma morena linda e mimosa,

Nascida nos prados da Borborema,

Carrega consigo um sentimento profundo,

E no corpo um vestido imundo,

Contrastando com essa sua beleza,

Flor do Lixo! Você tem porte de nobreza,

Paradoxo real desse nosso mundo.


Aos Pés do Cristo


João Dehon Fonsêca Agosto de 2002 De braços abertos, Com olhar tão profundo, Eu sinto de perto, Olhando o mundo, Abençoando o Sertão, Que chora e padece, E alguém dele esquece, Mas Cristo, Esse não. Abençoa Senhor, Com tua mão generosa, Essa gente bondosa, Que só a te dá valor, Abençoa da Serra do Cantinho, Itaporanga, meu ninho, Meu povo feliz, Abençoa e tenha dó. Esse povo que te ama, Esse povo se chama Vale do Piancó. Abençoa essa margem Que daqui da tua imagem, Agente vê verdejante, Esse verde tão pujante, Que alegra o Sertão, Essa imensa região, Desse rio Piancó tão belo, Com esse povo tão singelo, Que nada a ele zanga, Que tudo leva adiante, Abençoai Itaporanga, Protegei Diamante, Com essa gente tão segura, Olhai para Boaventura, Vede o povo de Coremas, Com tua visão altaneira, Espalha graças sobre Emas E também para Catingueira, Purifica o meu Sertão, Fazei tudo de uma só vez, Traz bênçãos para Conceição, Partindo lá de Sta. Inês, Que tua proteção seja clara, Para Curral Velho e Aguiar, Que chegue até Ibiara, Onde glória a de sobrar, Para Caiana e Igaracy, Onde tua Mãe Medianeira, Está sempre por ali, E em Santana de Mangueira, Abençoai mais ainda, Santana de Garrotes e Piancó, Não deixe esse povo só, Fazei crescer Nova Olinda, Que seja sempre verde essa Região, Que Olho D’água continue bela, Que seja sempre belo o sertão.

Um macaco de dois nomes


"A descrição científica do macaco-prego-galego, em 2006, é um capítulo à parte, com direito a disputas e intrigas entre pesquisadores, na história da espécie, ameaçadíssima de extinção e restrita à porção de mata atlântica existente acima do Rio São Francisco. Uma equipe da Universidade Federal da Paraíba e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) se preparava, em abril, para batizar o animal quando foi surpreendida por um artigo na respeitada revista Zootaxa (veja abaixo). O texto, encabeçado pelo especialista em mamíferos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Rossano Mendes Pontes, dava o nome de Cebus queirozi ao bicho. Cebus porque esse é o gênero (primeiro termo de um nome científico) dos macacos-pregos e queirozi numa homenagem aos proprietários da Usina Ipojuca, localizada ao Sul do Grande Recife, onde Pontes e seus colaboradores encontraram o grupo de macacos-pregos-galegos usados na descrição científica. Usados, é bom que se saiba, apenas fotograficamente. Isso porque Rossano anestesiou os animais, fotografou, e os devolveu à mata. A equipe do CPB, encabeçada pelo biólogo Marcelo Marcelino Oliveira, e pelo prestigiado taxonomista Alfredo Langguth, da UFPB, não desistiu e em julho saiu com um artigo na revista Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro (veja abaixo), menos reconhecida que a Zootaxa, dizendo que o macaco-prego-galego não era uma nova espécie e sim uma redescoberta. Mataram, como manda a taxonomia convencional, alguns animais para obter as peles, termo usado para denominar exemplares taxidermizados e depositados em coleções científicas. A redescoberta de um macaco registrado pelo naturalista alemão George Marcgrave, durante a ocupação holandesa no Nordeste, no século 17, e descrita por Johann Schreber em 1774, como Simia flavia. O fato é que a nomenclatura científica em voga desde o século 18 é a estabelecida pelo naturalista sueco Lineu (Carolus Lineu, 1707-1778) e não a de Schreber. Mesmo assim, o CPB e a UFPB insistem em redescoberta. Adaptaram o nome dado por Schreber às regras taxonômicas atuais e decidiram batizá-lo de Cebus flavius. É de se esperar que, à época, os dois grupos tenham trocado farpas, na busca pelo reconhecimento de autor da espécie. Afinal, não é todo dia que se descobre um primata. Aves e símios são, na verdade, grupos taxonômicos cada vez mais conhecidos e, portanto, menos pródigos em descobertas, ao contrário de invertebrados. Ninguém bateu, até hoje, o martelo em relação ao nome científico do macaco-galego. Na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), ele já figura como vulnerável à extinção. Na ficha do bicho, Cebus queirozi é apontado como um sinônimo júnior de Cebus flavius ou “como sugerem Oliveira e Langguth, uma espécie inválida.” O grupo do CPB e UFPB é ligado a nomes nacionais, como Mario de Vivo (Museu Nacional) e internacionais da primatologia/taxonomia, a exemplo de Anthony Rylands e Russell Mittermeier, vinculados à Conservation Internacional e à própria IUCN. Rossano é bem relacionado em Cambridge. Ou seja, dificilmente alguém vai bater o martelo forte o suficiente para, enfim, o prego-galego ser conhecido por um só nome no meio científico."

MPF/PB recomenda suspensão de licença de operação de termoelétrica em Campina Grande


Sudema e empresa responsável têm dois dias para informar se acolheram a recomendação e que providências foram tomadas O Ministério Público Federal em Campina Grande (PB) recomendou nesta terça-feira, 29 de março, que a Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) suspenda a licença prévia e a licença de operação de usina termoelétrica em Campina Grande, até que seja apresentado o estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) da obra. Também foi recomendado à empresa Borborema Energética S/A, responsável pela instalação da usina, a paralisação de quaisquer obras ou atividades da termoelétrica, enquanto não forem sanadas as irregularidades no processo de licenciamento ambiental apontadas na recomendação. Ainda deve ser disponibilizado no site da Sudema o inteiro teor do EIA/Rima, com cópias disponíveis na sede e na coordenadoria do órgão em Campina Grande, remetendo-se cópia ao MPF. A Sudema deve ainda fixar a data da audiência pública em edital e anunciar a audiência na imprensa local e no site do órgão. O MPF recomendou um mínimo de 30 dias entre a fixação da data e a realização da audiência pública, em vista da complexidade do assunto e da necessidade de análise dos estudos ambientais pertinentes. Impacto ambiental – Em 2010 foi instaurado no Ministério Público Federal procedimento administrativo, a partir de representação, visando apurar eventuais irregularidades no procedimento de licenciamento ambiental concedido pela Sudema para implantar uma usina termoelétrica em Campina Grande com potência de 164 MW. Conforme a representação, será utilizado para queima de combustível OCB1, altamente poluente, quando poderia ser utilizado combustível biodiesel assegurando-se a sustentabilidade ambiental. Também apurou-se que não houve disponibilização do EIA/Rima à população, não tendo sido conferida a devida publicidade ao procedimento de licenciamento administrativo, não havendo cópia do EIA/Rima sequer na coordenadoria da Sudema em Campina Grande, conforme informado pelo representante do órgão ambiental em reunião ocorrida na Procuradoria da República no município, na sexta-feira, 24. As cópias do EIA/Rima referentes à construção da usina termoelétrica nem mesmo foram encaminhadas ao MPF para conhecimento e análise, apesar de requisitadas por quatro vezes. Para o Ministério Público, a ausência de audiência pública e discussão do EIA/Rima afronta aos princípios da publicidade e moralidade ambiental, afora eventuais danos ambientais talvez irreversíveis. Audiência pública – A Constituição Federal assegura que a instalação de atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente depende de prévio estudo de impacto ambiental. De acordo com a lei, deve ser dada publicidade a esse estudo, inclusive através de realização de audiências públicas, como forma de garantir a participação popular na discussão dos projetos de significativo impacto ambiental, assegurando-se a disponibilização de todos os documentos necessários para a intervenção qualificada dos interessados no processo. Segundo o artigo 2º, inciso XI, da Resolução nº 01/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o licenciamento da atividade de usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte primária, acima de 10 MW, está sujeito à prévia apresentação do EIA/Rima. No caso da termoelétrica em Campina Grande, não houve a devida publicidade do processo de licenciamento, nem foi dado acesso aos interessados à cópia do estudo de impacto ambiental. O Ministério Público Federal concedeu prazo de dois dias para que a Sudema e a empresa Borborema Energética S/A informem se acolheram a recomendação e que providências foram tomadas.

Inventário vai indicar fontes de emissões por poluentes orgânicos persistentes


São 21 Poluentes Orgânicos Persistentes de que tratam a Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Brasil em 2004. Inventário será fundamental para decidir sobre as ações a serem executadas pelo governo.


O que se mais ver nas cidades brasileiras são lixões descontrolados com queima de lixo ou de pneus a céu aberto causando de forma criminosa mais poluição do ar. Esses tipos de combustão geram dioxinas e furanos - substâncias que provocam doenças como o câncer nas pessoas e afetam sobremaneira a vida silvestre. O mundo inteiro está preocupado com esse tipo de fato e os maiores debates e concordâncias da Convenção de Estocolmo, foi sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) , o que foi plenamente apoiado pelas autoridades brasileiras. O Brasil apresentou em Maio de 2004 um inventário sobre emissões de poluentes e o Ministério do Meio Ambiente vem se preocupando com o assunto desde então. "O inventário vai abordou cada uma das categorias de fontes de geração das dioxinas e furanos", aqui na Paraíba a SUDEMA não tem medido esforços para evitar que a queima de pneus e lixo, sejam os protagonistas desses atos e que esses poluentes que provêm de vários meios, como, por exemplo, da produção de cimento e de papel. O pior de tudo é que quando se produz poluentes está se colocando a disposição do ser humana através da cadeia alimentar sem se degradar. Isso significa que podem passar de uma planta para o animal que a come aquela planta e que uma vez abatido a carne do animal vai passar para o homem.. "Uma pesquisa realizada em dez cidades do País, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2001, constatou níveis acima da média aceitável de dioxinas e furanos no leite de mães em Cubatão, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Índices próximos à média foram encontrados em Caapora (PB), Belém (PA), São Paulo (SP) e Fortaleza. Níveis mais baixos ficaram em Brasília (DF) e Recife (PE). " "Dioxinas e furanos são produzidos de modo involuntário, com a combinação de carbono, oxigênio, hidrogênio, cloro, em temperaturas abaixo de 800°C (para se ter uma ideia, um forno doméstico chega a 300°C). Produzem-se inclusive em processos de aquecimento e resfriamento. As substâncias viajam pelo planeta, por meio e correntes de ar, rios ou oceanos. Já foram encontradas em animais que vivem em ambientes teoricamente livres de poluição, como ursos no Ártico e pinguins do Polo Sul. " Ana Paula Leal explica ainda que no Plano de Implementação da Convenção de Estocolmo no "Brasil um dos objetivos é a adoção de medidas referentes à emissão desses POPs não intencionais. O inventário será fundamental para decidir sobre as ações a serem executadas. O documento vai incluir, por exemplo, o número de incineradores industriais, tecnologias utilizadas (o que influencia nas emissões), além de estudo sobre as legislações existentes no País, no que se refere ao assunto." "Como o tema abrange outras áreas além da ambiental, foi criado um grupo interinstitucional que vai avaliar o texto do inventário a ser apresentado pelo MMA em maio. Representantes de áreas como saúde, indústria, comércio, ciência, trabalho e agricultura vão se encontrar na sede do próprio ministério. Eles terão a companhia de Heidelore Fiedler, especialista que faz parte do secretariado da Convenção de Estocolmo." "Mas, os poluentes orgânicos persistentes não se restringem apenas a dioxinas e furanos. São 21 os POPs de que tratam a Convenção de Estocolmo. O acordo internacional foi assinado em 2001 por 92 países e pela Comunidade Europeia. No Brasil, foi ratificado em 2004. Uma de suas reuniões internacionais (COP 5) será realizada entre 25 e 29 de abril, em Genebra, onde serão discutidas substâncias contidas em agrotóxicos, a serem banidas."

domingo, 3 de abril de 2011

A BODEGA DE MANÉ VIRGULINO


A BODEGA DE MANOEL VIRGULINO

Sal grosso, açúcar e rapadura,

Querosene, biscoito e sianinha,

Feijão, arroz e também farinha,

Óleo de Peroba e até gordura,

Agulha, dedal e carretel de linha,

Isso nas prateleiras e no balcão,

Sem contar com bolacha e sabão,

Misturados naquele estripuliço,

Um anzol, uma vara e um caniço,

Prá aumentar mais ainda a confusão.


Um caixão de madeira bem no canto,

Onde o açúcar Seu Mané armazenava,

Era ali que a garotada brincava,

E esse fato causava muito espanto,

E quando Mané Virgulino cochilava,

A menineira no caixão caia,

Comia açúcar e o bolso enchia,

O barulho acordava o Virgulino,

Que gritava: sai daí menino...!

Infância boa e cheia de alegria.


Cocada misturada com corda de fumo,

Pão doce no depósito de anelina,

Corda de agave e agulha fina,

A bodega vendia até estrumo,

Comprimido, só tinha penicilina,

Seu Mané não era bem humorado,

Pegava ar e era malcriado,

Não gostava de pergunta idiota,

Pra elas sempre tinha resposta,

E nunca na vida ficava calado.


Evandro, um menino bem traquino,

Descobriu de Mané um fato raro,

Achou o fósforo um produto caro,

Seu Mané pegou ar com o menino,

Falou num tom franco e claro:

Seu dinheiro pra mim falta não faz,

Sua presença incomoda muito mais,

Mas lhe dou o estoque da farinha,

Se você fizer uma cabecinha,

De um desses palito. É Capaz?


Este fato pela rua se espalhou,

Todo mundo procurava o endereço,

Apenas para saber o preço,

Da caixa de fósforos, o valor.

Seu Mané que rezava muito o terço,

Começou pelo o cão a esbravejar,

Com a mãe de Evandro foi falar,

Pois todos da cidade perguntavam,

Quarenta palitos quanto custavam,

Isso fazia seu Mané no cão virar.


Tapioca com manteiga e côco,

Bolacha soda vendia muito bem,

Não precisava gritar aqui tem,

Porque Dona Regina fazia pouco,

O moleque de açúcar também,

Era outro produto ali vendido,

Mas eu tava ficando esquecido,

Que o fósforo ele deixou de vender,

Tentando fazer o povo esquecer,

De Evandro que o tinha ofendido.


Perguntar num faz mal e eu pergunto,

Seu Mané tem pão crioulo ou carteira?

Se tiver o senhor bota dois na feira,

E quero mudar logo de assunto,

Falando sério e sem brincadeira,

Uma caixa de fósforo quanto é?

Respondia com raiva batendo o pé,

Eu deixei de vender fósforo aqui,

Por conta do moleque de Aní,

Nunca mais vendo, em Deus tenho fé.


Tinta ocre, xadrez e muito cal,

Cimento misturado com feijão,

Do lado de fora olhando pro chão,

Dava prá ver todo aquele escambal,

Balança e pesos em cima do balcão,

Para pesar carvão e também fubá,

Nesse instante num quero nem pensar,

Na carne de charque que era magra e fina,

E bem do lado uma lata de creolina,

Que fazia a confusão aumentar.


Tudo você podia na bodega comprar,

Só fósforo ali não vendia,

Mas Nonato Biuta tinha mania,

De tirar dúvida e ali foi testar,

Esboçando certa simpatia,

Perguntou a Mané Virgolino,

Com educação e trato fino,

Aqui tem fósforo prá vender?

Vá embora! pra sua mãe eu não ofender,

Vá chatear seu pai, menino!


Foice, martelo, pua e roçadeira,

Inseticida e veneno de formiga,

Mato verde para acabar intriga,

Espoleta e também peixeira,

Erva doce para dor de barriga,

Fósforo não tinha nem de brinquedo,

Esse item ali causava medo,

Era fácil encontrar até batina,

A glostora era a melhor brilhantina,

Mas Fósforo! Esse não dava enredo.


Agostinho que era meu melhor amigo,

Que na música era ás em cavaquinho,

E não era um menino dos bonzinho,

Com um jeito que eu jamais consigo,

Foi até a bodega e com o seu jeitinho:

Se tiver fósforo eu quero uma caixa,

Mas logo ele leu uma faixa,

Onde estava escrito bem assim:

“Não vendo fósforo nem pra mim,

Quanto mais pr’essa gente baixa.”


Fazendo que nada tinha lido,

Agostinho insistiu tem ou não tem,

Seu Mané ficou num louco vai-vem,

E gritou: vá embora seu fudido,

Vou falar com seu pai também,

Não tenho fósforo nessa porra,

Seu filho de uma cachorra,

Ou acabam com essa brincadeira,

Ou termino fazendo uma besteira,

Fechando em Itaporanga essa zorra.


Barbante, escova e palito de dente,

Óleo de rícino e óleo de linhaça,

Cangalha prá jegue e até cabaça,

Contra o piolho tinha pó e pente,

Na esquina do balcão, servia cachaça,

Era uma miscelânea na mercearia,

Olhando de frente era uma agonia,

Não vendia a quem tivesse de pileque,

Mas para agente que era moleque,

Tudo aquilo era uma grande alegria.


Mas o tempo rápido passou,

Hoje estamos todos adultos,

Uns bem de vida outros cultos,

Da infância só a marca ficou,

Seu Mané foi um dos vultos,

Que fizeram a nossa cidade,

Hoje com muita tranqüilidade,

Brinco em versos com sua zanga,

Parte da historia de Itaporanga,

História feita com felicidade.


Seu Manoel era um homem honrado,

Itaporanga toda lhe queria bem,

Sensato, cristão como ninguém,

Era enfim um homem respeitado,

Era bom pai de família também.

Criou seus filhos com educação,

José Virgulino era um bonachão,

Tinha uma que foi ser religiosa,

Valdemar era dado a uma prosa,

Darcí, figura de bom coração.


Ainda tinha Bia e Antenor,

Mané Virgulino casou com Regina,

Que manteve na casa a disciplina,

Um casamento que cultuava o amor,

Nascer um para o outro é sina,

Coisa que hoje ninguém mais ver,

O casamento assim era fácil de manter,

A união durava a vida inteira,

A família era a base, era a esteira,

União assim, hoje é difícil ter.


Para terminar essa história,

Que aumentei, mas não inventei,

É cultura nossa e eu me esforcei,

Para o personagem ficar na memória,

Busquei a infância e até rimei,

Com pessoas que na mente eu tinha,

Como sou filho da Dona Dazinha,

Gosto de exaltar todo meu povo,

Lembrando de outro personagem novo,

Vou glorificar sempre a terrinha.

quinta-feira, 31 de março de 2011

PELOS MENOS SETE PAISES CONTAMINADOS


A Europa detectou os primeiros traços de radiação provenientes da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão. O material vazou e se espalhou na água e no ar desde que os reatores nucleares foram parcialmente destruídos pelo terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março. Alemanha, Espanha, França, Itália, Irlanda, Suécia e Noruega estão entre os países que já confirmaram ter encontrado partículas da substância radioativa iodo-131.

O Institudo de Proteção Radiológica da Irlanda (RPII, na sigla em inglês) detectou apenas 20 unidades desse material por metro cúbico de ar. “Nesse nível, o iodo radioativo não apresenta nenhum risco à saúde humana. Para ser preocupamente, o número teria que estar em dezenas de milhares.”, afirmou ao Opera Mundi Ciara McMahon, diretora de vigilância ambiental do RPII. “Por estarem mais próximos do Japão, países como os Estados Unidos foram mais atingidos, mas mesmo nesses lugares a radiação não chega a ser preocupante. Não há motivo para alarme por aqui e essa é uma mensagem que vale para toda a Europa. Nós mantemos contato com instituições similares dos países vizinhos e as nossas medições são muito consistentes com as apresentadas por esses lugares.”, completou. Desde o terremoto no Japão, o instituto aumentou a frequência de testes para checar a radiação na água e no ar. A medição passou de mensal para diária. A Agência Britânica de Proteção à Saúde também intensificou as medidas de segurança. A entidade informou que chegou a encontrar 300 unidades de iodo-131 por metro cúbico de ar. Ainda assim, as partículas detectadas agora representam menos de um milionésimo do que foi encontrado nos países europeus após o desastre de Chernobyl em 1986. O iodo-131 foi apontado como a causa de câncer da tireoide entre crianças expostas aos lugares mais próximos do acidente.

ALCOOLISMO É DOENÇA


Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, em consequência do consumo inadequado de álcool, segundo estudo divulgado hoje (11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os especialistas do órgão analisaram 100 países e concluíram que o consumo nocivo de álcool afeta principalmente os jovens e causa uma série de doenças. Por ano, cerca de 320 mil pessoas de 15 a 29 anos de idade morrem devido ao consumo de álcool. Segundo os especialistas, o consumo nocivo de álcool é caracterizado pelo uso excessivo a tal ponto de causar danos à saúde e outras consequências. Os principais fatores de risco para os consumidores de bebida alcoólica são o fato de eles fumarem, a má alimentação e o sedentarismo. As doenças mais frequentes causadas pelo consumo são as sexuais, as cardiovasculares, os vários tipos de câncer, o diabetes e os problemas pulmonares crônicos. Desde 1999, 34 países adotaram políticas para a redução do consumo de álcool. As ações vão desde a restrição do comércio a punições para quem dirige embriagado. Eles consideram medidas eficientes aquelas que pesam no bolso do consumidor, a elevação de tributos cobrados sobre o álcool, assim como a redução da idade para comprar bebidas. No entanto, o diretor-geral adjunto para Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OMS, Ala Alwan, advertiu que, apesar dos esforços de alguns países no sentido de adotar medidas de redução e prevenção ao consumo, é necessário intensificar os esforços. " Claramente é preciso muito mais a ser feito para reduzir a perda de vidas e o sofrimento associado ao uso nocivo de álcool. " Por determinação da OMS, representantes de 100 países vão se unir na elaboração de uma estratégia global para reduzir o uso nocivo do álcool. A estratégia é adotar medidas que levem à divulgação de informações sobre os problemas causados pelo consumo inadequado de bebida, assim como orientar os governos para a prevenção e redução das consequências do uso nocivo de álcool. Chega uma hora que CHEGA! Procure os Alcoolicos Anônimos eles vão de acolher com muito carinho. Em João Pessoa eles atendem pelo telefone 32224557, em Campina Grande pelo telefone 33224258 e em São Paulo pelo telefone 021 11 32293611 e nesse eles lhe darão o telefone de qualquer parte do Brasil. Vamos lá! Evite o Primeiro Gole. Alcoolicmo é doença.

Lixão de Patos


O Lixão de Patos não pode estar mais alí naquele local por vários motivos: contamina córregos que ficam próximos, estar praticamente na cabeceira da pista do aeroporto, está muito próximo à cidade, a maneira como é depositado o lixo no local é verdadeiramente fora de todos os padrões de Meio Ambiente, apesar do esforço de alguns técnicos da SUDEMA para reservar uma vala só para resíduos de serviços de saúde, a bagaceira continua porque os Serviços de Saúde além de nãp terem os seus PGRSSs por cima fazem questão de não estarem nem aí para esses resíduos e a maior prova disso foi a perna humana encontrada no lixão.

terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar


ACRÓSTICO À JOSÉ ALENCAR


José Alencar homem forte,

Orgulho de nossa nação,

Sereno e enfrentando a morte...

É digno de admiração.


A benevolência de Deus o espera,

Literalmente conhecerá a glória,

Estará com outros em outra esfera,

Na terra passará para nossa história,

Com a mesma fortaleza a nós passada,

A dignidade ficará na nossa memória,

Relembrando a vida que lhe foi legada.